segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O sapo que queria casar


Lá no brejinho
Mora um sapinho
Que queria se casar.
Pulou sobre pedras
Pulou sobre folhas
Sem uma sapinha encontrar.
Já estava triste...
Nunca vou me casar!
Nem ter muitos sapinhos,
Tão pouco ter meu próprio lar.
O sapinho, pobrezinho.
Falava sozinho,
Estava começando,
A bilolar.
Mas a vida guarda surpresas
Que nem dá pra imaginar
Como já não chovia a muito tempo
O brejinho começou a secar.
O coitadinho pensou:
Agora essa!Isso é de amargar!
Se não bastasse eu ser solitário
Agora também vou ter que mudar?
Não teve jeito
Ele teve que ir
Todos os outros bichos também foram
Pra perto de uma lagoa
Bem perto dali.
Quando chegou
Foi logo procurar onde morar
Encontrou logo umas pedras
Com muitas plantas e árvores em volta
Um alagadinho,
Que ele adorou!
Vou ficar por aqui, disse
E pulou na pedra
Os olhos pularam da cara
Quando viu uma perereca.
Era a mais linda que ele já vira
Não demorou a falar com ela
Foi lá, cheio de charme
Levou um buquê de mosquitos
Para a saltitante donzela.
A perereca encantada
Piscava os olhinhos apaixonada
Agora o sapinho,
Tinha uma namorada.
E isso ele não esperava
Encontrar longe do brejinho
A sua tão sonhada amada.
Se o brejinho não tivesse secado
Estaria ainda solitário.
O sapinho aprendeu
Que mesmo quando
Tudo parece ruim,
Não se pode perder a esperança.
Agora são felizes
Até trocaram alianças!
E essa estória termina aqui
Por não faltar mais nada o que contar
A não ser que a lagoa agora tem música...
São os sapinhos alegres a coaxar...

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