sábado, 14 de agosto de 2010

A Rosa Amarela


Era uma vez

Uma rosa amarela
Que vivia num pequeno jardim
E por ter a cor diferente
As outras diziam assim:
“Rosa amarela não existe
Rosa,pra ser perfeita
Tem que ser carmim
Se tiver outra cor me perdoe
Mas é por que é muito chinfrim!”

A rosa amarela sabia
Que ela era rosa com certeza
E não tinha nada de inferior
Se algo a fazia diferente
Era somente a cor.

Todas da mesma espécie
Todas, somente flor.

Certo dia veio a prova
De que todas eram iguais
Pensar daquele jeito ruim
Não iriam nunca mais...

O dono daquela casa
Onde estava instalado o jardim
Chamou o jardineiro e disse:
“Pode todas as rosas
A estação já “está no fim”

O Jardineiro obedeceu
E com sua tesoura da justiça
A verdade revelou...

Todas foram ao chão
Nenhuma rosa sobrou.

A amarela foi a primeira
Bem aos olhos da vermelha
Entre flores e folhagens
Foi pra um vaso sobre a mesa
Harmonia de cores e perfumes
Era mesmo uma beleza.

Tranqüila e justiçada
A rosa amarela aguardava
Que a vermelha chegasse.

Quando enfim ela chegou
Não disse uma só palavra
Olhou a sua volta
E simplesmente chorou.

Ela finalmente entendeu
A beleza das diferenças
Vendo o colorido alegre
Daquele vaso sobre a mesa.

A rosa amarela
Com carinho
E num gesto de amor
Sorriu e disse:
Bem vinda
a mesa de nosso Senhor.

O Bicho da Seda

O bicho da seda
É muito esperto
Desde novinho
Aprende a fazer
Sua própria coberta.

Tece fios de seda
Macios e brilhantes
Envolvendo todo o casulo
Que fica fofinho
E muito aconchegante.

Ele está se preparando
Para sua aparição triunfante
Três semanas é o que precisa
Para ser borboleta
De asas brancas, radiantes.

O casulo
Obra do pequeno artesão
Vira fio, vira tecido
Nas mãos do tecelão.

É assim na natureza
Cada um tem uma função
Umas coisas nascemos sabendo
Outras, precisam de lição.

O Porquinho

O Porquinho

É uma graçinha, o porquinho
Curioso e cheio de fome
Futuca tudo, tudo come.
Faz uma bagunça danada
Com seu banho de lama.
Fica todo sujinho
E a mãe dele nem reclama.
O nariz de tomada
Fuça por toda parte
Se fosse a minha mãe,
Teria um enfarte!
Os animais não sabem
Que a higiene faz parte
De uma vida saudável.
Para quem quer viver contente,
sem ter doenças
cuidar do corpo
E do ambiente
É sinal de esperteza.
O porquinho é bem diferente de gente.
Mas há quem confunde
Depois de um dia todo brincando
De bola, pique-esconde,
soldadinho,rolando na grama
A mãe da gente chama:
Vem porquinho...
Vem, tomar banho!

Banho de Chuva


Coisa boa é chuva de verão
A tardinha, a chuva fresquinha
É só diversão!

Jogando bola no campo de terra
Com chuva é aquela confusão
A bola bate no barro e vai em outra direção
E a molecada lambuzada de lama
Faz aquela zoação.
Perna de pau!
Também dá pra brincar no quintal
Enquanto a mãe da gente não vê
Pega os baldes todos e enche
Joga pra cima, no outro e na gente
Até que vem a bronca:
Vai ficar doente menino...
Pare com isso e entre.
E se a chuva pega a gente na volta da escola
Coloca o material numa sacola, é bom levar por prevenção
E vai pisando todas as poças e aparando a chuva com a mão.
O cabelo vai pingando e a roupa pesa um bocado
Brinca-se tanto no caminho
Que em casa, quando chega, está pra lá de cansado.
Pena que a chuvinha é passageira
Cai só pra refrescar a paisagem
Se na paisagem estamos de passagem
O que é que tem entrar na refrescagem?
Depois, é só tomar um banho quentinho
Trocar a roupa enquanto ouve o sermão
Eu entendo. É preocupação.
Mas duvido que tenha adulto que não saiba,
Que banho de chuva é muito bom!

Halloween



Dia das Bruxas por quê?
Se temos Iara , Saci Pererê
E a cuca que pega bebês?
Halloween?E agora?
O que fazemos com a Caipora?
Antes que alguém esqueça,
E a pobre mula sem cabeça?
O boitatá
Vamos boicotar.
O boto,
Vai morrer de desgosto.
E o corpo seco
Vai morrer primeiro.
Pobre cultura nacional...
Vai morrendo
Sem que ninguém acuda
Vão matando a coitada
E adotando as que lhes empurram.
Há que se tomar providência
Essa gente tão gentil
É dizer não!Obrigado!
É dia do Saci, no Brasil!

O Sapinho que queria casar

Lá no brejinho
Mora um sapinho
Que queria se casar.
Pulou sobre pedras
Pulou sobre folhas
Sem uma sapinha encontrar.
Já estava triste...
Nunca vou me casar!
Nem ter muitos sapinhos,
Tão pouco ter meu próprio lar.
O sapinho, pobrezinho.
Falava sozinho,
Estava começando,
A bilolar.
Mas a vida guarda surpresas
Que nem dá pra imaginar
Como já não chovia a muito tempo
O brejinho começou a secar.
O coitadinho pensou:
Agora essa!Isso é de amargar!
Se não bastasse eu ser solitário
Agora também vou ter que mudar?
Não teve jeito
Ele teve que ir
Todos os outros bichos também foram
Pra perto de uma lagoa
Bem perto dali.
Quando chegou
Foi logo procurar onde morar
Encontrou logo umas pedras
Com muitas plantas e árvores em volta
Um alagadinho,
Que ele adorou!
Vou ficar por aqui, disse
E pulou na pedra
Os olhos pularam da cara
Quando viu uma perereca.
Era a mais linda que ele já vira
Não demorou a falar com ela
Foi lá, cheio de charme
Levou um buquê de mosquitos
Para a saltitante donzela.
A perereca encantada
Piscava os olhinhos apaixonada
Agora o sapinho,
Tinha uma namorada.
E isso ele não esperava
Encontrar longe do brejinho
A sua tão sonhada amada.
Se o brejinho não tivesse secado
Estaria ainda solitário.
O sapinho aprendeu
Que mesmo quando
Tudo parece ruim,
Não se pode perder a esperança.
Agora são felizes
Até trocaram alianças!
E essa estória termina aqui
Por não faltar mais nada o que contar
A não ser que a lagoa agora tem música...
São os sapinhos alegres a coaxar...